terça-feira, 30 de março de 2010

A PESQUISA NA ESCOLA E OS USOS DAS TECNOLOGIAS IV

Olá, educadores do Guará,
Envio por ora alguns arquivos que acho interessantes para a discussão coletiva dos educadores na escola e uma sugestão de ferramenta de interatividade – tanto para vocês como para os estudantes.O google tem uma ferramenta interessante que se chama google sites.Todos os colaboradores podem postar imagens, textos, arquivos, e pode-se fazer um site aberto ou fechado apenas para os membros escolhidos.Acho que fica mais organizado que um blog, pois tem uma estrutura que você define, e ainda é bem flexível. No blog, as discussões vão ficando para o final da página.Para ver um exemplo, entre em
http://sites.google.com/site/pedagogiadaimagemcampinas
Acredito que trabalhar com as TIC é uma questão de utilizar uma ferramenta (sem excluir as tradicionais), mas de forma a poder desenvolver projetos (objetivos concretos a serem alcançados por estudantes e professores), que envolvam algum tipo de pesquisa (pode ser história oral do bairro, conhecimento do meio ambiente, ou outro tema qualquer, não necessariamente vinculado a disciplinas) e estimulando o posicionamento dos jovens/ adultos e o seu envolvimento e protagonismo na solução das questões abordadas/ problemas identificados por eles.Espero que continuem com este trabalho e esta investigação/ discussão coletiva na escola, que é muito importante. E, quando precisarem, entrem em contato... Estamos à disposição.Se quiserem publicar alguma coisa no nosso site, enviem um relato, fotos, etc... Ao grupo envolvido nessa pesquisa, parabéns pela iniciativa! É no desejo de investigação, na produção de conhecimento, no exercício da curiosidade que o(a) educador(a) avança para uma prática inovadora e se apossa do seu fazer, conquista sua autonomia, re-humaniza a educação. Vocês são um exemplo.
Abraços, Juliana Siqueira

domingo, 28 de março de 2010

100 ANOS DE ADONIRAN BARBOSA E NOEL ROSA






















Em nosso curso de educação de jovens e adultos (EJA) escolhemos o aniversário destes dois grandes compositores brasileiros como porta de entrada para organizarmos um projeto de trabalho que integre diferentes disciplinas. Por enquanto, estamos fazendo um estudo prévio, entre os educadores, para vislumbrarmos as possibilidades de trabalho junto aos alunos. Em nossa última reunião do grupo de trabalho de EJA a professora Kazuko já deu o pontapé inicial: focar a diversidade cultural que marca o perfil dos bairros paulistanos e cariocas. As músicas e as biografias de Noel e de Adoniran – e as várias janelas que abrem para compreendermos o contexto em que foram produzidas – nos dá possibilidades de articular objetivos que temos perseguido na EJA: trabalhar diferentes gêneros discursivos, explorar outras linguagens (como as artísticas), ter a realidade cotidiana dos alunos como referência importante para nossos estudos. Noel e Adoniran trazem, em muitas de suas músicas, crônicas do cotidiano das classes populares no Rio e em São Paulo na primeira metade do século passado. Tecer diálogos entre vivências urbanas de ontem e de hoje, sob a escuta sensível das canções, pode nos ajudar a compreender melhor como nossas experiências atuais se enredam em tantas outras, algumas delas só aparentemente afastadas no tempo. Estamos aceitando contribuições para a organização do projeto. Todas as indicações e sugestões serão muito bem vindas!

quinta-feira, 25 de março de 2010

A PESQUISA NA ESCOLA E OS USOS DAS TECNOLOGIAS III


Cláudio e demais amigos e amigas do Gaurá,
Acabei de ler o seu texto (duas vezes), os comentários da Ângela e da Lurdinha e o texto da Agremis, postado anteontem. Confesso que estou um pouco crú no tema. O que posso é fazer algumas considerações bem gerais. Vamos lá:1. O fato de eu estar ficando a par dessa discussão é fruto da utilização de uma TIC, no caso do blog da escola. Isso significa que as TICs podem ser uma ferramenta para nossas discussões pedagógicas. Por isso, o espaço virtual potencializa a comunicação. Já pensou a dificuldade que teríamos em articular todas essas reflexões/discussões no espaço real. No cotidiano reunirmos todos aqueles dispostos a fazer discussões como estas é impraticável. A disposição esbarra na disponibilidade. Por outro lado, sempre é preciso cautela, pois o fundamental da vida e da educação, pensada em uma perspectiva ampla ("formação continuada de seres sociais"), se dá e continuará se dando, fundamentalmente, no espaço real. Além do mais, é importante considerarmos que a utilização de TIC não é algo instantâneo, um trabalho invisível. Como tudo exige trabalho, organização de tempo, energia, aprendizagem...2. Não penso como a utilização das TICs pode prescindir de uma avaliação coletiva da comunidade escolar e de uma inserção planejada no Projeto Político Pedagógico da Escola. Acho que isso é fundamental, pois há muita confusão quando se cruzam discussões das potencialidades técnicas das TICs e dos problemas (políticos) da educação. Não é raro aqueles que procuram reduzir esses problemas a essas potencialidades. Precisamos fugir desse engôdo e continuar encarando os problemas da educação tais como aparecem: falta de financiamento, falta de valorização dos profissionais, falta de estrutura, falta de perspectiva para jovens, desvalorização social de uma postura coletiva, reflexiva e crítica em pró de uma postura individualista e consumista, dentre outros. 2a. Por outro lado, como "todo cambia" e não podemos e nem queremos nos esquivar das mudanças, a utilização das novas tecnologias de comunicação é um fenômeno social. E queremos uma Escola que se antene e se aproprie, sempre criticamente é claro, das novas possibilidades técnicas-informacionais abertas pelo desenvolvimento da humanidade. Há um campo a explorarmos nesse sentido, como você faz alusão nas suas reflexões.2b. Uma possibilidade que vejo é de pensarmos em projetos que constam nas nossas reflexões pedagógicas há tempos, que dificilmente conseguimos viabilizar e que essas novas tecnologias poderiam ser um novo impulso para isso. Dois exemplos que me vêm a mente são:- elaboração de um jornal da escola - o que pode ser facilitado pela elaboração de um jornal virtual, o que não exclui a possibilidade de vir a se tornar impresso- atividades relacionadas à imagens - trabalhamos fundamentalmente com o aprendizado via linguagem escrita, o que não podemos deixar de fazer e bem. Mas o trabalho com linguagens audiovisuais pode ser facilitado agora pelas TICs, o que compromete menos nosso tempo para preparar/executar atividades nesse sentido e acaba até complementando e reforçando o trabalho com a linguagem escrita a depender de como o trabalho for realizado. Na área de história pode ser dado qualquer assunto como, por exemplo, Revolução Industrial com fotos/pinturas/vídeos que abordem o tema. Grande abraço, Poti

quarta-feira, 24 de março de 2010

Síntese da felicidade

Desejo a você
Fruto do mato
Cheiro de jardim
Namoro no portão
Domingo sem chuva
Segunda sem mau humor
Sábado com seu amor
Filme do Carlitos
Chope com amigos
Crônica de Rubem Braga
Viver sem inimigos
Filme antigo na TV
Ter uma pessoa especial
E que ela goste de você
Música de Tom com letra de Chico
Frango caipira em pensão do interior
Ouvir uma palavra amável
Ter uma suspresa agradável
Ver a Banda passar
Noite de lua cheia
Rever uma velha amizade
Ter fé em Deus
Não ter que ouvir a palavra não
Nem nunca, nem jamais e adeus.
Rir como criança
Ouvir canto de passarinho
Sarar de resfriado
Escrever um poema de amor
Que nunca será rasgado
Formar um par ideal
Tomar banho de cachoeira
Pegar um bronzeado legal
Aprender uma nova canção
Esperar alguém na estação
Queijo com goiabada
Pôr-do-sol na roça
Uma festa
Um violão
Uma seresta
Recordar um amor antigo
Ter um ombro sempre amigo
Bater palmas de alegria
Uma tarde amena
Calçar um velho chinelo
Sentar numa velha poltrona
Tocar violão para alguém
Ouvir a chuva no telhado
Vinho branco
Bolero de Ravel
E muito carinho meu.

Carlos Drummond de Andrade.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Pesquisa na escola e os usos das tecnologias II






Cláudio e demais professores do Guará,
Esse tema tem ocupado cada vez mais o meu tempo.
Faço aqui apenas alguns "testemunhos" bem informais para vocês para ver se deles algo se aproveita. Uma coisa que me chamou a atenção no início do texto postado pelo Claudio foi:
"forma mais sofisticada de redigir textos, ou ainda, quando a Internet é vista como uma fonte mais rica pesquisa, pesquisa esta ainda entendida como reprodução de idéias alheias."
Sobre esses dois "modos", me vem logo à mente que, mesmo sendo duas interações já consideradas "tradicionais" dentro das TIC, nas quais não há "novidades" nem janela de ganho efetivo na educação, justamente nessas utilidades posso falar de duas ferramentas que mudam os próprios conceitos subjacentes que lhes deram origem. A primeira ferramenta é a da edição de textos on-line. Me lembro de ver uma das primeiras, o Writely, há não mais que 3 ou 4 anos atrás. Cheguei a testar, muito rapidamente e mesmo achando a ideia interessante, a coisa estava muito crua. Há uns dois anos o Google (sempre ele) comprou o Writely para integrar à sua própria suite de edição de textos online: GoogleDocs. Aliás, não apenas textos, mas também planilhas e apresentações. Agora são poucos os que não conhecem o termo "computação nas nuvens" para se referir à futurística volta ao passado de centralizar a computação em um lugar único e acessarmos essa computação a partir dos antigamente chamados de "terminais burros". Simplificando e exemplificando: eu e meus colegas mais chegados de laboratório iniciamos em 2009 o teste o GoogleDocs para escrever cerca de cinco artigos (e os textos auxiliares, como cartas aos editores e revisores) colaborativamente. A escrita colaborativa simultânea e reconciliável é para mim o dividendo mais importante dessa "computação nas nuvens" aplicada à edição de textos (e outros tipos de documentos também). Isso significou poder traduzir um texto, em um parágrafo abaixo, simultaneamente com o colega que escrevia esse parágrafo. Isso significou também trabalhar de modo realmente simultâneo com quatro pessoas ao mesmo tempo e em lugares diferentes e chegar a algo concreto sem gerar mil versões, sujeitas a erros e confusões, que teriam que ser processadas em sequência. E eles ainda estão aprimorando e adicionando novidades numa velocidade animadora. Agora imagine essa ferramenta sendo usada por uma turma, que vai ter que se organizar, criar uma etiqueta e códigos de sinalização no próprio texto para chegar numa produção coletiva, assenhoreada por todos. Maturidade pode ser um requisito, mas pode ser também um resultado dessa experiência. Outra coisa, mais "corriqueira" nessa ferramenta é vc e seus colegas também usá-la para darem acesso simultâneo (mas totalmente controlável) à produção de textos, "individual" ou coletiva. Essa tem sido nossa experiência e posso dizer que é marcante. Finalmente, se vocês tem um GMail, então já tem uma conta para começar a produzir seus textos com o GoogleDocs. A outra grande ferramenta, a qual eu não ainda não experimentei, mas queria muito, é a plataforma wiki. Estamos acostumados a ouvir "Wikipedia", sendo que muitos ainda torcem o nariz porque "como pode algo sem controle central dar certo?". A wikipedia é apenas uma aplicação da tecnologia wiki, que é aberta e livre. Essa tecnologia serve para, também de modo colaborativo, organizar conhecimento. Várias empresas hoje montam wikis internos e externos para organizar o saber corporativo a cerca do que fazem. Já vi projetos de livros didáticos no Brasil e no exterior montados sobre a plataforma wiki. E quanto à questão do controle, ele é possível sim, a questão é saber quando ele é desejável. Agora imagine uma turma organizando de modo "natural" o seu conhecimento coletivo sobre um assunto, uma disciplina, ou sobre tudo o que tem contato na escola de modo colaborativo. Novamente precisa de etiqueta, códigos e maturidade. Novamente essa maturidade pode ser um requisito ou um resultado da experiência. Sobre as wikis, a pesar de ficar babando, ainda não organizei qualquer conhecimento coletivo com elas. É algo que quero fazer com a minha pesquisa. Professores do Guará, essas crianças estão se "acostumando mal" a serem as protagonistas(1). Coisa melhor não há! Quando perceberem que esse protagonismo pode se estender quase que indefinidamente no seu espaço de atuação social (escola, trabalho, política), aí ninguém segura. O nosso papel é correr atrás e aprender para ensinar, e assim ver se aprendemos. Já pensou um mundo onde o conhecimento saísse rasgando barreiras e se democratizasse? Que pensamento poderoso.
Abraços,
Agremis
(1) Já perceberam que no orkut/facebook as crianças colocam milhões de fotos e nessas fotos, não raro, são como se fossem celebridades? E os outros acessam e conferem celebridade de fato a quem é visitado. O como se tivessem tomado (criado) um espaço midiático que era para poucos.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Pesquisa na escola e os usos das tecnologias



A vinda da Ângela do NTE (Núcleo de Tecnologia Educacional) em nosso grupo de trabalho de educação e jovens e adultos e as conversas que tivemos sobre as possibilidades do uso das tecnologias na escola têm feito eu pensar sobre meu trabalho. Ângela falou-nos sobre os limites do uso do computador quando encarado como uma forma mais sofisticada de redigir textos, ou ainda, quando a Internet é vista como uma fonte mais rica pesquisa, pesquisa esta ainda entendida como reprodução de idéias alheias. Estes usos não explorariam, por exemplo, a interatividade, descortinada pela tecnologia de informação (TIC). A diversidade de formas de compartilhar conhecimentos possibilitada pelas TICs poderia contribuir no desenvolvimento de práticas pedagógicas mais ricas, nas quais os alunos assumiriam o papel de autores e várias linguagens poderiam ser articuladas. Estas indicações me fazem pensar nos limites do trabalho que tenho desenvolvido com meus alunos. Não digo que tenho tratado a pesquisa como reprodução. Costumo levar os alunos no laboratório de informática com questões problema e com sites indicados para buscarem pistas para respostas (ou mesmo para formularem novas perguntas). É certo que, por vezes, trata-se de uma simulação de investigação, pois ela está prevista para ser desenvolvida numa certa trajetória já vislumbrada por mim, professor, sem muitos espaços para outras procuras. Por vezes, as próprias questões de investigação parecem ser questões minhas e não dos alunos.
Por outro lado, olhando com atenção o desenrolar do trabalho percebo que, muitas vezes, as coisas se passam de modo mais complexo. Alguns alunos se apropriam das questões como suas e curiosidades novas ganham espaço. A diretividade na indicação do site parece representar uma seleção prévia necessária diante do difícil desafio de escolher textos mais ricos para a compreensão do tema em questão (parte de um trabalho mais amplo de formação dos alunos leitores que não pode deixar de ter como horizonte uma relação mais autônoma, crítica e imaginativa com os textos). Talvez o principal problema seja o excessivo controle (ou melhor, o desejo ou a ilusão de ter este controle) sobre os resultados e a pobreza da socialização dos mesmos, ou a inexistência desta socialização. Os processos de produção de conhecimento que podem ocorrer na escola talvez tenham nas TICs possibilidades de elaboração, compartilhamento e documentação inusitados. Processos que podem descortinar outros horizontes cognitivos, outras sensibilidades.
Quando o trabalho se desenvolve a partir de um caminho pré definido (questão fechada, site fechado, resposta pronta já esperada) a tendência é que as compreensões produzidas sejam mais limitadas. Mas se o planejamento prevê e almeja transgressões de um roteiro prévio, os resultados (e os processos) podem ficar mais ricos, mais antenados com a complexidade dos fenômenos investigados e com o próprio ato de conhecer. Na reunião com Ângela lembro-me da Giu problematizando uma possível idealização dos usos que os alunos mais jovens tem feito da Internet. Como o uso de jogos, de sites de relacionamento, o compartilhamento de músicas e imagens tem participado do desenvolvimento dos jovens, dos modos como eles vêem o mundo e a si mesmos? O que as formas escolares de conhecimento tem a aprender e a dialogar com estes modos de conhecer produzidos pelos alunos no contato com as TICs?
A fala da Ana Paula, quando avaliávamos a reunião com Ângela, também nos convida a continuar a prosa: avalia-se que, em grande medida, os usos dos recursos da informática pelos professores na escola ainda são muito restritos. Mas afinal quais seriam possibilidades concretas de práticas pedagógicas que exploram as potencialidades das tecnologias?
Estou pensando alto... pra pensarmos juntos...

domingo, 14 de março de 2010

Trabalho em Barão Geraldo - Perfil da área rural

Queridos alunos do 7 ano B e demais internautas,
Fuçando na internet achei um texto que apresenta uma pesquisa de duas pessoas da UNICAMP, Oseas Carmo Neves e Nilson Antonio M. Arraes, que estão investigando as transformações que estão ocorrendo na área rural de Barão Geraldo. O trecho que transcrevo abaixo nos ajuda na caracterização dos tipos de trabalho desenvolvidos em nosso distrito atualmente. Aí vai:
No distrito de Barão Geraldo identificou-se três grandes regiões rurais: 1.região nordeste: compreendida entre a rodovia Campinas Mogi Mirim e a estrada da Rhodia, possuindo atividades intensivas em pequenas áreas de produção hortifrutigranjeiros, atendendo ao mercado atacadista; atividades ligadas ao lazer, chácaras de aluguel, açudes para pescas esportivas e lazer e fazendas de médio porte (monocultura de café). 2.região noroeste: compreendida entre a rodovia D. Pedro e os arredores da estrada de Paulínia (região do bairro Real Parque e adjacências), possuindo atividades de hortifruticultura, onde na sua maioria as propriedades tem as maiores extensões de terra voltada para monocultura de açúcar (cana) e criação de animais. 3.região central: compreendida pelos arredores da estrada da Rhodia (região da fazenda Rio das Pedras), possuindo áreas localizadas às margens do ribeirão das pedras e próximo ao Jardim do Sol. Essas áreas são de poucas atividades agrícolas, na sua maioria área de pastagens e de criação de gado. Nessa breve e sintética caracterização, constatamos um conjunto significativo de propriedades rurais familiares que exercem suas atividades na agricultura, mas que, o dinamismo dessa última, esta diretamente ligada a incorporação de outras atividades, consideradas não-agrícolas, tem termos de geração de renda e dinamismo e otimização da própria ocupação dessas propriedades. Com isso, a pluriatividade dos agricultores é aqui percebida quando parte da família procura trabalho no comércio e nas indústrias da cidade de Campinas e região. É justamente essa somatória da renda dessas atividades (agrícola e não-agrícola), fora e dentro da propriedade, que mantém a família nessas propriedades rurais. Mesmo porque, acreditamos que as estratégias pluriativas desses moradores familiares vêm de encontro com o próprio desejo dos mesmos em permanecer nesses locais, isto porque, mesmo com todas essas dificuldades, o rural é ainda percebido como local de tranqüilidade e qualidade de vida, bem diferente dos bairros urbanos de uma cidade do porte de Campinas.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Trabalho em Barão Geraldo


O texto abaixo foi produzido a partir das idéias dos alunos no 7o B quando conversamos, na aula de História, sobre os diferentes tipos de trabalho realizados em Barão e aqueles que estão em expansão. Nossa idéia é aprofundar nossos conhecimentos sobre as condições em que estes trabalhos são realizados e investigar as mudanças e permanências do perfil do trabalho no nosso distrito e em Campinas ao longo do tempo. Gostaríamos de ouvir comentários, sugestões, problematizações para avançarmos em nossa pesquisa. Ah! Uma das dúvidas quando fechamos este texto foi: a criação de animais para corte e/ou produção de leite é algo significativo na área rural de Barão? O Sérgio achou que sim. O Henrique achou que não. Quem pode nos ajudar na busca de informações? Pensamos também que alguns trabalhadores do distrito poderiam deixar um comentário explicando como é o seu dia a dia de trabalho, as condições em que trabalha, se gosta do que faz... Aí vai o texto:

Na aula de História do 7 ano B, no dia 22 de fevereiro, discutimos a seguinte questão: quais são os diferentes trabalhos realizados em Barão Geraldo, especialmente aqueles que estão em expansão? Procuramos pistas para responder esta questão a partir das nossas vivências em Barão e dos nossos conhecimentos. Identificamos três tipos de trabalho em áreas diferentes: construção civil, prestação de serviços/comércio e agricultura.
Nosso distrito tem crescido muito nos últimos anos. A construção de estabelecimentos comerciais e de residências (sobretudo condomínios) tem feito crescer a demanda por trabalhadores da construção civil: arquitetos, engenheiros, mestre de obras, pedreiros, pintores, encanadores, eletricistas. A construção civil também requer trabalhadores ligados à comercialização de materiais de construção e de imóveis (imobiliárias). Esse crescimento residencial de médio e alto padrão cria a necessidade de mais trabalhadores prestadores de serviços tais como empregadas domésticas, jardineiros, porteiros, seguranças. O aumento da população faz crescer outros setores do comércio tais como supermercados, farmácias, padarias, postos de gasolina, mecânicas de automóveis.
Os bares e restaurantes também têm ganhado um grande espaço em Barão Geraldo. Com eles chegam empresários desse ramo, garçons, cozinheiros, faxineiros, entregadores, músicos.
Na área rural encontramos trabalhadores que produzem frutas, verduras, legumes, hortaliças mas também o setor de produção de flores é bem desenvolvido e está relacionado à pequenas indústrias que produzem embalagens para sua comercialização.
Além dos trabalhos já citados o aumento da população e do comércio também incentivou trabalhos relacionados à comunicação e à publicidade. Assim, nessas áreas, estão envolvidos profissionais que trabalham no setor gráfico, designers de computação, publicitários, jornalistas.
Um outro tipo de trabalhadores citados na aula e que se fazem presentes em Barão Geraldo são os que atuam na área da educação. Professores e outros profissionais desse setor trabalham em universidades, cursos de línguas, escolas públicas e privadas de educação infantil, ensino fundamental e médio, creches.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Páginas interessantes

Colegas, incluí os LINKS das páginas indicadas pela professora Angela. Os LINKS estão dispostos no item "Páginas Favoritas", onde já contém vários outros Links de páginas voltadas à educação, jornais, revistas, entre outros.
Prof. Everaldo Rocha.