terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

UTOPIAS: PROJETOS PESSOAIS, PROJETOS DE PAÍS

Neste semestre o trabalho com a disciplina História no 4o. termo vai tratar das lutas por conquista de direitos e de algumas propostas e experiências formuladas e vividas, desde o final do século XIX, como alternativas à sociedade capitalista. Começamos lendo um texto de ficção do saudoso Moacyr Scliar, "A mensagem chega ao destino". O personagem da história, quando ainda era adolescente, havia enviado uma carta sem destinatário certo e lançado ao mar, numa garrafa. Já adulto recebe um pacote pelo correio de uma mulher que encontrou sua carta e a devolve. Lembra então que tratava-se de "uma carta escrita para o futuro, uma espécie de declaração de intenções, um plano de vida". O mais triste foi perceber o fracasso em tudo o que intencionara. Mas o mesmo pacote que trouxe a prova de seu malogro, trouxe também um sinal de salvação... O texto de Scliar foi o mote para que os alunos inciassem uma carta nos mesmos termos daquela do texto ("Não sei se você é uma criança, uma mulher ou um homem") contando seus projetos pessoais para o futuro e seus planos para o nosso país. Lemos os textos na aula e a turma escolheu as produções de Silvana e Tatiane para postarmos no blog da nossa escola. Mandaram bem garotas, parabéns!! Agora é com vocês...
Os gêmeos

Não sei se você é uma criança, uma mulher ou um homem. Escrevo esta carta agora para dizer o que eu quero para o meu futuro. Profissionalmentequero terminar os meus estudos, fazer muitos cursos, principalmente na área de informática. Quero ser uma grande técnica em informática, com um emprego muito melhor, bem sucedida. Quero dar um futuro melhor para os meus filhos, quer ter a minha casa própria, meu carro, uma casa na praia para passear com os meus filhos. Poder levar eles para a Disney para realizar um grande sonho da minha vida. Uma pessoa que me ame e ame meus filhos, que me ajude a ser a pessoa mais amada do mundo. Eu sinceramente quero que o Brasil seja muito diferente do que é hoje. Que os corruptos sejam extintos da face da terra, que ninguém mais passe fome ou sede. Que todos tenham uma casa para morar e que todos saibam ler e escrever, sejam felizes e ajudem o planeta. Que a Terra não esteja mais no sufoco, que ninguém esteja desmatando as florestas, poluindo os rios. E que já tenha acabado o preconceito contra gays, lésbicas, negros e pobres.
(Tatiane Rodrigues Seixa)

ESSA É A MINHA CONQUISTA
Não sei se você é uma criança, uma mulher ou um homem. O meu nome é Silvana Borges de Almeida. Agora vou escrever o que eu quero pro meu futuro. Quero terminar os meus estudos e fazer uma faculdade de gastronomia. Montar o meu próprio restaurante.
Aí eu quero pagar uma escola particular para minha filha, comprar uma casa, um carro do ano, ajudar minha família, não só a minha família, mas também a família do meu marido, poder ajudar as pessoas que precisam. Eu quero montar uma casa de dependentes químicos para poder ajudar as pessoas que usam drogas, porque estas pessoas são muito rejeitadas, desprezadas, caluniadas. As pessoas mal sabem que ser dependente químico não é safadeza, ninguém é dependente químico porque quer. Na verdade muitas pessoas sabem julgar, criticar, mas não sabem o que a família passa, o quanto a família sofre, mas ninguém te dá uma palavra de
conforto. Só quem pode te confortar é Deus porque ele não te julga, mas te dá uma palavra de conforto e está com você nas horas mais difíceis. Eu acho que pra ter um Brasil melhor precisa melhorar a saúde, ajudar os moradores de rua, mais clínicas de dependentes químicos, construir mais creches, respeitar e ajudar os idosos. É esse o sonho que eu tenho para o meu país.
(Silvana Borges de Almeida)

domingo, 26 de fevereiro de 2012

HISTÓRIAS DE ASSOMBRAÇÃO 3

Antes da tempestade - Gravura de Joanna Latka

Sexta-feira, meia noite, trovões, lua cheia, cemitério... está posto o cenário que há tempos nos convida a ver, ouvir e sentir coisas pra além da imaginação... Os vivos e os não mais, neste palco, convivem, ainda que num relance, religando estes nossos tempos tão descosturados... Magia dos tempos das narrativas de assombração tal como as histórias de Leonardo e Larissa do 8o. ano C que fecham nossa seleção de histórias dos 8os. anos. É com vocês...

Numa noite de lua cheia e muitos trovões, uma garota estava sozinha em sua casa. Como
estava chovendo muito e não tinha como sair a menina resolveu ligar a televisão
para distrair. Quando ela ligou a tomada levou um choque imenso e acabou
morrendo. Quando sua mãe chegou em casa encontrou a menina deitada no tapete
perto da TV, morta. Ela começou a chorar e a gritar muito. Pegou o telefone
para avisar seu marido e quando olhou para o corredor viu a menina sentada no
chão. Até hoje, quando chove e quando aparecem trovões no céu, a menina aparece
sentada no corredor. (Larissa)

Era uma moça muito bonita, vestida inteira de preto, parada em um ponto de taxi, à meia
noite, quando o taxista parou e a moça entrou e disse a ele:
- Leve-me ao cemitério.
O homem obedeceu e, pouco depois, eles haviam chegado. Quando o homem virou para cobrar
a corrida ela havia sumido. Ele ficou apavorado, mas mesmo assim entrou no
cemitério para procurá-la. Viu o túmulo mais bonito e nele, a foto da moça que
ele havia trazido. Lá estava escrito:
“AQUI JAZ INGRIDE MUNHOZ SILVA DE PAULA.
MORTA EM UM ACIDENTE DE TAXI, EM 13/06/1930, COM 23 ANOS”.
O taxista saiu correndo apavorado e contou aos amigos dando origem à lenda da “Moça do
taxi”. (Leonardo Maurício)

HISTÓRIAS DE ASSOMBRAÇÃO 2

Como já contei na postagem anterior, estas histórias foram elaboradas no começo deste ano letivo como pontapé inicial de nosso trabalho com a disciplina História. Nos demos conta de como os filmes de terror, as histórias de fantasmas e de assombração e a imaginação sobre as coisas do além nos acompanham em nosso dia a dia. Aí vão os textos do Giovani e da Ana Paula do 8A. Senta que lá vem história...
Ilustração: Fernando Pires

Três homens andavam pelo canavial num dia de lua cheia. Era mais ou menos 11h30 , naquela
noite sombria com um sereno bem gelado. Eles andavam devagar e iam conversando. Os três já tinham ouvido falar em lobisomem, mas não acreditavam. Eles estavam comentando sobre isso quando um deles escutou alguma coisa. Começaram então a andar depressa. Um deles viu um cachorro bem peludo e de pé. Ficaram assustados e começaram a
correr mais depressa ainda. O lobisomem começou a correr atrás deles. Tinha uma
cerca logo na frente, dois deles passaram debaixo e o outro se enroscou na
cerca. O lobisomem pegou-o e os dois que estavam na frente saíram vazado. Dava
para escutar os ossos sendo quebrados e o cheiro de sangue no ar.
Os dois homens pularam num rio que estava cheio de piranhas e morreram. Depois disso
ninguém ouviu falar mais do lobisomem.
(Giovani)

Telefonema dos mortos

Um dia Janaína estava passando os números de telefone dos seus amigos da agenda
velha para uma nova quando viu o número de Patrícia, uma amiga falecida há
alguns meses num acidente de carro quando voltava de uma festa com seu namorado,
Pedro, que desde então estava em coma. O acidente foi causado por um motorista
bêbado em alta velocidade e Patrícia morreu no local. Janaína sentiu um frio na
espinha e uma tristeza repentina. Pensou: “a Pati era a minha melhor amiga por
que o Senhor a levou?”, sentindo um vazio dentro do coração.
Mas Janaína continuou a escrever os números para a outra agenda, tirando o número
do celular de Patrícia. De repente seu telefone começou a tocar do nada. Então Janaína atendeu a ligação e ouviu a voz de sua amiga falecida. Começou a chorar dizendo: “quem é você, o que
quer?!” E Patrícia disse: “Eu quero que você me ajude.”
Janaína desligou imediatamente o telefone.
Passaram-se duas semanas e o celular de Janaína começou a tocar novamente com um toque de uma música que Patrícia gostava muito. Mas só que Janaína estava no banho e o
celular estava tocando em cima de um criado mudo. Janaína resolveu ir ver quem
estava ligando para ela e atendeu. Era Patrícia dizendo: “Me ajude Janaína!
Socorro! Me salve!” Janaína respondeu assustada: “Pare de me ligar passando
trote porque se você não sabe você não é a Patrícia. Patrícia morreu num
acidente de carro.” E então desligou.
Passou um ano e Janaína nunca mais recebeu nenhuma ligação. Ela ficou intrigada com o que tinha acontecido um ano atrás sobre o telefonema anônimo. E assim resolveu
ir até o cemitério fazer uma visita ao túmulo de Patrícia. Então pegou uma vela
e umas flores para ir mais tarde depois da faculdade. Faltavam três minutos para
as sete. Janaína entrou no seu carro e foi até o cemitério. Ao chegar no túmulo
de Patrícia acendeu a vela e pôs as flores dentro de um vaso muito bonito que
havia dado para Patrícia quando ela ainda era viva. Começou então a rezar pela
amiga morta, falando de todos os momentos em que elas passaram juntas. Quando
se levantou não sabia o que a esperava. Ao virar-se lá estava o fantasma de
Patrícia, uma jovem loira, olhos castanhos esverdeados e alta.
Muito espantada ela disse: “Você!” e desmaiou em frente ao túmulo da amiga. Ao
acordar Janaína pensou: “o que estou fazendo aqui?!” e procurou seu celular
para ver que horas eram. Era meia noite e sete e ela ainda estava no cemitério.
Foi quando sentiu um frio na espinha e muito medo. Aí viu novamente Patrícia que
lhe disse: “por que você não atendeu a minha ligação?” Janaína saiu correndo
cheia de medo e gritando e Patrícia foi atrás dela dizendo: “não vá eu tenho tantas
perguntas para lhe fazer!” Mas Janaína nem sabia para onde correr. Saiu do
cemitério correndo em direção à rua, mas saiu tão desesperada que acabou sendo
atropelada por um motorista que estava em alta velocidade. O motorista parou
para prestar socorro, mas já era tarde, Janaína estava morta. O motorista
procurou documentos da moça para tentar telefonar para seus pais. Ligou para o
pai de Janaína que atendeu o telefone perguntando: “quem é?”. O motorista
respondeu muito nervoso: “sua filha está morta!” “Mas como assim está morta!” “Ela
veio correndo de dentro do cemitério e eu não tive como desviar. Ela não
resistiu!” O pai ficou muito nervoso e pediu o local em que eles estavam. “Estamos
na Rua Rodrigues de Moraes em frente ao cemitério”. Assim o pai enterrou a
filha e o motorista foi preso e pegou trinta anos de cadeia mesmo tendo parado
para socorrer e ajudado a moça, mas já era tarde demais.
Por isso pense muito bem como agir se você receber algum sinal de alguém que já morreu!
(Ana Paula)

sábado, 25 de fevereiro de 2012

HISTÓRIAS DE ASSOMBRAÇÃO


Histórias de assombração ou com fatos assustadores botam um medinho na gente, às vezes nos fazem pulsar no ritmo dos movimentos dos personagens, deixam todo o resto em suspenso... Os 8os. anos começaram as aulas de História deste ano lendo o conto “Recado de fantasma” de Flávia Muniz. Depois de trocarmos impressões sobre o texto, cada um se pôs a escrever a sua história extraordinária inspirada na que ouviram. Podia ser uma história vivida por eles, ouvida, lida, assistida, ou uma mistura de um pouco disso tudo. Em cada turma lemos os textos de todos e escolhemos dois para postar no blog da nossa escola. Seguem abaixo os escolhidos pelos alunos do 8º. B. Como deu empate na votação selecionamos três. Só ficou faltando os autores darem um título para suas histórias. Escuta só:

Um dia uma mulher chamada Carla e seu marido, Ronaldo, compraram uma casa por um preço muito barato e já vinha com móveis. Quando chegaram na casa escutaram os vizinhos falarem:
- Será que sobrevivem estes dois?
- Não!
Passou um tempo. Carla e Ronaldo viviam bem na casa.Alinhar à esquerda Ronaldo trabalhava fora e Carla limpava a casa até que um dia Carla ouve a campainha tocar. Quando olha não há ninguém.
O dia passa e o mesmo se repete todos os dias às 13h00. Carla resolve sair de casa e ver se não eram crianças. A porta se fecha com muita força. Carla tenta abrir e não consegue. Pega então a maior pedra do jardim e joga contra a janela da porta, mas ela não quebra.
Quando o marido chega a porta se abriu. Assustada não fala nada para ele. Num outro dia, escutou passos, mas não viu nada. Contou para o marido, que para não deixá-la assustada, jogou talco na frente da porta e foram dormir. Carla escutou novamente um barulho e quando se aproximou do talco estava escrito “SAIA OU MORRERÁ”. Ela gritou. Ronaldo olhou para o chão mas não tinha nada escrito no talco.
Numa sexta feira Carla está na cozinha fazendo o jantar quando todos os talheres, pratos, panelas voaram contra ela, mas não a machucaram. Na sua frente uma faca flutuava. Ela pegou a faca, matou o marido e, em seguida, se matou.
Passaram-se três anos e um casal mudou-se para a casa e os vizinhos falaram:
- Será que sobrevivem estes dois?
- Não!
(Iago)

Minha tia me contou que quando ela morava no Abacateiro todo dia de lua cheia ela escutava barulho das galinhas alvoroçadas e os cachorros latindo. Ela pensava que era bicho, como cobra, aí ela não ligou e dormiu. De manhã ela acordou e foi ao galinheiro e viu que estavam faltando galinhas. Então esperou anoitecer. De novo ouviu o mesmo barulho e foi ver. Quando abriu a porta viu um cachorro em pé, com olhos vermelhos. Era lobisomem. Desesperada ela chamou meu tio, falando que tinha lobisomem lá fora. Meu tio pegou uma faca de prata. Quando saiu lá fora ele viu o lobisomem e jogou a faca de prata fazendo um corte nele. Depois disso o lobisomem não apareceu mais. (Leonardo)

Tinha uma menina que amava seu cachorro e sempre que ela estava com medo abaixava sua mão para o cachorro lamber. Certo dia, seus pais saíram e ela ficou sozinha em sua casa. Estava chovendo e ela fechou todas as janelas, menos a do banheiro, porque não conseguiu. Foi se deitar quando começou a ouvir alguns barulhos. Colocou a sua mão debaixo da cama para seu cachorro lamber, começou a ouvir uns pingos no banheiro e resolveu ir até lá para ver o que era. Ela se deparou com seu cachorro morto e pendurado. Junto dele estava escrito de sangue: “Humanos também sabem lamber”! (Ana Paula)