domingo, 26 de fevereiro de 2012

HISTÓRIAS DE ASSOMBRAÇÃO 2

Como já contei na postagem anterior, estas histórias foram elaboradas no começo deste ano letivo como pontapé inicial de nosso trabalho com a disciplina História. Nos demos conta de como os filmes de terror, as histórias de fantasmas e de assombração e a imaginação sobre as coisas do além nos acompanham em nosso dia a dia. Aí vão os textos do Giovani e da Ana Paula do 8A. Senta que lá vem história...
Ilustração: Fernando Pires

Três homens andavam pelo canavial num dia de lua cheia. Era mais ou menos 11h30 , naquela
noite sombria com um sereno bem gelado. Eles andavam devagar e iam conversando. Os três já tinham ouvido falar em lobisomem, mas não acreditavam. Eles estavam comentando sobre isso quando um deles escutou alguma coisa. Começaram então a andar depressa. Um deles viu um cachorro bem peludo e de pé. Ficaram assustados e começaram a
correr mais depressa ainda. O lobisomem começou a correr atrás deles. Tinha uma
cerca logo na frente, dois deles passaram debaixo e o outro se enroscou na
cerca. O lobisomem pegou-o e os dois que estavam na frente saíram vazado. Dava
para escutar os ossos sendo quebrados e o cheiro de sangue no ar.
Os dois homens pularam num rio que estava cheio de piranhas e morreram. Depois disso
ninguém ouviu falar mais do lobisomem.
(Giovani)

Telefonema dos mortos

Um dia Janaína estava passando os números de telefone dos seus amigos da agenda
velha para uma nova quando viu o número de Patrícia, uma amiga falecida há
alguns meses num acidente de carro quando voltava de uma festa com seu namorado,
Pedro, que desde então estava em coma. O acidente foi causado por um motorista
bêbado em alta velocidade e Patrícia morreu no local. Janaína sentiu um frio na
espinha e uma tristeza repentina. Pensou: “a Pati era a minha melhor amiga por
que o Senhor a levou?”, sentindo um vazio dentro do coração.
Mas Janaína continuou a escrever os números para a outra agenda, tirando o número
do celular de Patrícia. De repente seu telefone começou a tocar do nada. Então Janaína atendeu a ligação e ouviu a voz de sua amiga falecida. Começou a chorar dizendo: “quem é você, o que
quer?!” E Patrícia disse: “Eu quero que você me ajude.”
Janaína desligou imediatamente o telefone.
Passaram-se duas semanas e o celular de Janaína começou a tocar novamente com um toque de uma música que Patrícia gostava muito. Mas só que Janaína estava no banho e o
celular estava tocando em cima de um criado mudo. Janaína resolveu ir ver quem
estava ligando para ela e atendeu. Era Patrícia dizendo: “Me ajude Janaína!
Socorro! Me salve!” Janaína respondeu assustada: “Pare de me ligar passando
trote porque se você não sabe você não é a Patrícia. Patrícia morreu num
acidente de carro.” E então desligou.
Passou um ano e Janaína nunca mais recebeu nenhuma ligação. Ela ficou intrigada com o que tinha acontecido um ano atrás sobre o telefonema anônimo. E assim resolveu
ir até o cemitério fazer uma visita ao túmulo de Patrícia. Então pegou uma vela
e umas flores para ir mais tarde depois da faculdade. Faltavam três minutos para
as sete. Janaína entrou no seu carro e foi até o cemitério. Ao chegar no túmulo
de Patrícia acendeu a vela e pôs as flores dentro de um vaso muito bonito que
havia dado para Patrícia quando ela ainda era viva. Começou então a rezar pela
amiga morta, falando de todos os momentos em que elas passaram juntas. Quando
se levantou não sabia o que a esperava. Ao virar-se lá estava o fantasma de
Patrícia, uma jovem loira, olhos castanhos esverdeados e alta.
Muito espantada ela disse: “Você!” e desmaiou em frente ao túmulo da amiga. Ao
acordar Janaína pensou: “o que estou fazendo aqui?!” e procurou seu celular
para ver que horas eram. Era meia noite e sete e ela ainda estava no cemitério.
Foi quando sentiu um frio na espinha e muito medo. Aí viu novamente Patrícia que
lhe disse: “por que você não atendeu a minha ligação?” Janaína saiu correndo
cheia de medo e gritando e Patrícia foi atrás dela dizendo: “não vá eu tenho tantas
perguntas para lhe fazer!” Mas Janaína nem sabia para onde correr. Saiu do
cemitério correndo em direção à rua, mas saiu tão desesperada que acabou sendo
atropelada por um motorista que estava em alta velocidade. O motorista parou
para prestar socorro, mas já era tarde, Janaína estava morta. O motorista
procurou documentos da moça para tentar telefonar para seus pais. Ligou para o
pai de Janaína que atendeu o telefone perguntando: “quem é?”. O motorista
respondeu muito nervoso: “sua filha está morta!” “Mas como assim está morta!” “Ela
veio correndo de dentro do cemitério e eu não tive como desviar. Ela não
resistiu!” O pai ficou muito nervoso e pediu o local em que eles estavam. “Estamos
na Rua Rodrigues de Moraes em frente ao cemitério”. Assim o pai enterrou a
filha e o motorista foi preso e pegou trinta anos de cadeia mesmo tendo parado
para socorrer e ajudado a moça, mas já era tarde demais.
Por isso pense muito bem como agir se você receber algum sinal de alguém que já morreu!
(Ana Paula)

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