domingo, 19 de agosto de 2012

ELEIÇÕES MUNICIPAIS 2012 - I

Seguem comentários dos alunos do 4o. termo sobre os poemas de Brecht transcritos na postagem anterior.


O meu comentário é que eu até concordo com algumas coisas a que ele se refere, por exemplo, conhecer o trabalho de cada político antes mesmo de votar ou ir mais adiante se puder conhecer o passado de cada um pra ter uma ideia de quem vai cuidar da minha cidade ou até do país. Mas agora o que eu não concordo é saber que muitos prometem muitas coisas e não conseguem completá-las. E eu não me julgo analfabeto porque hoje temos vários meios de saber sobre política no jornal, no rádio, TV, anúncios. Bom, esse é o meu pensamento, eu faço a minha parte como cidadão e eles fazem a parte deles como políticos. (Amilton Cesar da Silva Peres)

Nos versos de Bertold Brecht “O analfabeto político” o autor chama as pessoas de burras. Eu não acho que as pessoas sejam burras em relação à política. Muitas pessoas não gostam de falar sobre política porque não leva a lugar nenhum. Eu gostaria de poder entender a política pra fazer diferente, pra mudar muitas coisas erradas que acontecem no Brasil. Mas eu sou uma analfabeta em relação à política. (Márcia Aparecida Augusto)

Eu concordo parcialmente com o poema “O analfabeto político”, pois a gente não sabe quem é o certo e o errado. Pois o pior analfabeto é o próprio político. Sendo assim, a ignorância de não saber ler não diz que ele não entende nada. Com sua simplicidade ele vê e percebe que a política é muito boa de entender, pois nem todos os políticos são corruptos. Também não é natural aceitar todos os hábitos, não é natural. Temos que nos comunicar, pois nós, que somos alfabetizados, somos enganados. Mas sempre há uma esperança. Cabe a cada um fazer a sua parte. (Cacilda Amélia Garcia Godoy)

No poema que acabamos de ler em alguns pontos existem analfabetos políticos sim porque muitos eleitores não estão atualizados com a política, nem sequer estão preocupados em saber quem está colocando em defesa da sua cidade, do bairro onde mora. Não basta ficar de braços cruzados, criticando. O pior cego é quem não quer enxergar. Não diga que um voto não faz diferença, pois faz sim, toda a diferença. O que você acredita e que tem como consciência de que a sua opinião sobre a política pode mudar esse conceito de que existem analfabetos políticos. (Marly dos Santos do Carmo)

Eu concordo com Brecht quando diz  “o analfabeto político”, as pessoas se preocupam demais, trabalhar, estudar, sair pra festa, se preocupam com tudo, mas não se lembram da política. O autor foi muito ousado de dizer “o pior analfabeto” porque nós sabemos o que tem que ser feito, simples, estudar os candidatos de ponta a ponta. O grande problema é que nós queremos estudar os nossos candidatos em cima das eleições. Porque corrupto tem em todo lugar: policiais, comerciantes, pastores, médicos, empresários, professores, mas como ele mesmo diz, “nada é impossível de mudar”. (Bruno Costa)

2 comentários:

  1. Gostaria de parabenizar os alunos pela reflexão e pelas ideias aqui expostas. Tal como Brecht coloca, a pior atitude é a de não querer ver, não se importar em saber. Tendo consciência de nosso papel na sociedade e da importância de atuarmos como cidadãos, certamente seremos capazes de fazer a diferença e de escolher de maneira mais responsável aqueles que nos representam no poder público.

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  2. Grande Cláudio!
    Uma provocação com esta do Brecht (Analfabeto Político) nos coloca a pensar sobre o que seria estar alfabetizado politicamente. Será que o nível de conhecimento que temos a cerca da política nos coloca numa situação de “alfabetizados”? Sei lá... sei que antes de mais nada uma maior percepção da sociedade e de como ela funciona certamente contribui para essa alfabetização. Aliás, o próprio Brecht no texto “SE OS TUBARÕES FOSSEM HOMENS” (segue o texto em publicação no blog da escola como contribuição) nos dá uma indicação de como funcionaria a sociedade considerando os jogos de poderes e os interesses dominantes na formação de pessoas “civilizadas”!
    Grande abraço! É bom tê-lo como companheiro de trabalho na escola!

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