Agradecemos a Coligação Campinas com a Força do Brasil, que se organizou em torno da candidatura de Márcio Pochmann (PT), pelo envio das propostas para a educação de jovens e adultos. A postagem será organizada em duas partes. Segue a primeira.
Primeiramente,
gostaríamos de parabenizar todos os responsáveis pelo Blog. São iniciativas
como essas que fortalecem o poder das redes no enfrentamento aos mais diversos
problemas sociais. Ficamos contentes em saber que as eleições municipais de
Campinas foram inseridas nas atividades escolares, e principalmente a abordagem
sobre as políticas públicas que envolvem a Educação de jovens e adultos.
Márcio Pochmann (PT) candidato a prefeito de Campinas pela Coligação Campinas com a Força do Brasil
Propostas
do PT para a EJA
Em nossa
ainda jovem democracia, uma das maiores conquistas em termos de direitos
sociais no Brasil foi o estabelecimento da educação como um direito universal
garantido pelo Estado:
“A
educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e
incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da
pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o
trabalho.”
(Constituição
Federal de 1988, artigo 205)
Entretanto,
embora muito se tenha feito desde então, com a universalização do acesso e com
o fortalecimento institucional e orçamentário nos três níveis governamentais,
ainda resta um longo caminho a percorrer, em especial no que tange à qualidade
da educação básica, cujos indicadores estão muito aquém do necessário para
lograrmos construir uma nação mais justa, humana e igualitária.
O
município de Campinas, que no passado se orgulhava de suas escolas públicas de
excelência e que ainda hoje possui um quadro de professores de alto nível,
encontra-se infelizmente num processo de desestruturação da rede pública,
apresentando problemas tanto no que se refere à cobertura, quanto à qualidade
do ensino propriamente dita. Estamos já na segunda década do século XXI e ainda
temos 7.000 crianças com idade entre 0 e 6 anos que aguardam uma vaga na rede
de educação infantil e, mais grave, estima-se que um outro tanto sequer se
inscreveu para pleitear uma vaga, porque não tem a esperança de atendimento. Ou
seja, provavelmente mais de 10 mil crianças estão com o seu futuro em risco
porque a rede pública não é capaz de atender o conjunto da demanda.
Em
relação ao ensino fundamental (de 6 a 14 anos), a rede municipal, que em 2000
respondia por 20,6% do total de matrículas, atende hoje apenas a 16,5%, cabendo
às escolas estaduais (62%) e às do setor privado (21,5%) o atendimento dos
demais. A despeito de ter reduzido a sua participação, a qualidade do ensino na
rede municipal também não tem avançado de forma consistente. Segundo os dados
divulgados pelo INEP/MEC, os alunos das escolas municipais, que vinham melhorando
lentamente desde a primeira medição do IDEB (Índice de Desenvolvimento da
Educação Básica) em 2005, registraram no período recente um desempenho
insuficiente: com nota 5,2 (a meta era 5,3) relativa aos alunos de 5º ano e de
apenas 4,2 (a meta era 4,4), resultado este que inclusive é inferior ao de
2009, quando a nota atingiu 4,5.
Outro
dado alarmante, revelado pelo Censo de 2010 que acaba de ser divulgado, é que,
na cidade que responde 15% da produção do conhecimento nacional, que conta com
importantes universidades e centros de pesquisa de ponta, existem 354.507
pessoas com mais de 15 anos de idade que sequer concluíram o ensino
fundamental, sendo que destes 28.442 (3,3% da população) são ainda analfabetos.
Frente a
esse quadro de gravidade e por considerar que a Educação é um dos principais
alicerces para se erigir uma sociedade digna, justa e democrática, o programa
da Coligação “Campinas com a força do Brasil” pretende dar prioridade ao tema
da educação, se comprometendo não apenas em promover um salto de qualidade em
nossa rede e eliminar mazelas inaceitáveis (como o analfabetismo e o déficit de
vagas na educação infantil), como pretende assumir a responsabilidade de
coordenar a política de educação como um todo, ampliando o diálogo com a rede estadual
e com a rede privada.
É preciso
também resgatar o conceito de escola pública como um dos espaços de formação
integral de cidadãos, com educação pública de qualidade para todos. A qualidade
no ensino será o resultado de uma política pública educacional pautada, entre
outros aspectos, em um projeto político-pedagógico que integre cultura, arte
(música, dança, teatro, cinema e artes visuais), esporte, lazer, entre outros,
e rompa com uma visão fragmentada e minimalista da educação, restrita à sala de
aula, como aconteceu, ao longo dos anos, na nossa rede de ensino. Ampliar o
atendimento com qualidade significa ampliar o tempo de permanência da criança
na escola, conjugando áreas de conhecimento que se articulem ao currículo
escolar.
Além
disso, por considerarmos que neste novo século a educação, mais do que antes,
deve-se dar de forma continuada e integral, é também tarefa fundamental do
executivo municipal aumentar a oferta educacional para outros grupos etários,
seja com cursos técnicos e profissionalizantes para jovens e adultos, seja com
a abertura das escolas para atividades pedagógicas de caráter continuado.
Para dar
conta deste objetivo, estruturamos nossa proposta em torno de eixos, cada
qual apresentando um conjunto de diretrizes e metas.
Muito boa a proposta do Márcio! E melhor ainda é a iniciativa dessa turma do EJA em fazer esse blog!!! Esse será tbm uma ferramenta para cobrar o executivo ano que vem para que cumpra as propostas do programa. Agora é torcer pra que nosso prefeito seja Márcio Pochmann, o mais preparado tecnicamente e com histórico de luta por políticas públicas de qualidade!!! Voto 13!! :)
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